Sonegação: Falácias que nos ensinam como se verdades absolutas fossem

Impostopor Roberto Rachewsky (publicado originalmente em robertorachewsky.blogspot.com/)

 

Um indivíduo descobre vocação e habilidades para criar, produzir ou comerciar algo, legitimamente gerando valor para os outros, e lucrar com isso.

Um grupo de elementos, denominado “governo”, com vocação e habilidades para usar de violência, aborda aquele indivíduo, exigindo-lhe que entregue parte do que lucrou, ou mais do que isso.

O indivíduo sentindo-se ameaçado e injustiçado, resolve esconder o que é seu, para não ser roubado.

O grupo de elementos chamado “governo” cria então, eufemismos para justificar sua ação violenta, angariando a aceitação da maioria das pessoas que vivem naquela sociedade.

Para o ato de empreender, criar, produzir e comerciar, dão o nome de “exploração”.

Para o ato de roubar, dão o nome de “taxação”.

Para o fruto do roubo, o butim, dão o nome de “imposto”.

Para o indivíduo roubado, dão o nome de “contribuinte”.

Para a própria ganância irracional, dão o nome de “servir o bem-comum”.

Para o ato de autodefesa contra o roubo, dão o nome de “sonegação”.

Assim, uma ação legítima, torna-se ilegítima, e o exercício de um direito, torna-se um crime.

Na realidade, proteger o que é de cada um, da voracidade violenta dos outros, não é um crime.

O que é um crime, em se tratando de sonegação, é quando indivíduos lucram de forma ilegítima, seja através do uso da força, de fraude ou rompimento de contratos. Bem, mas não é exatamente isso que os elementos que participam do que chamam de “governo” praticam?

Aí é que está a grande sacada desta falácia, misturar em um mesmo contexto, apregoando-lhes falsamente uma mesma identidade, os que protegem o que ganharam legitimamente, com os que protegem o que ganharam de forma violenta, chamando a todos, apenas pela alcunha de sonegadores.

Sonegar dinheiro, obtido legitimamente, não é crime. Eles é que querem que pareça.

Sonegação de ganhos obtidos legitimamente, só é uma imoralidade se quem o faz, coloca em evidente risco, valores maiores do que aquilo que está procurando defender. Assim, quem coloca em risco a própria liberdade ou até mesmo a própria vida para proteger algo que conseguiria substituir, está sendo imoral.

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